Dando sequência no post sobre desenvolvimento- aspectos fonoaudiológicos, hoje vamos partir do sexto mês de vida. Onde começa uma nova etapa.
Em relação a parte auditiva (aos 6 meses), o bebê, já reconhece a voz da mãe e localiza sons lateralmente, ou seja, ao ouvir um barulho do lado esquerdo vira a cabeça para este lado e a mesma coisa do lado oposto. Caso observe que isso não acontece, estimule o bebê. Se posicione atrás dele e chame ou faça um barulho (com a boca, com brinquedo, chame -o pelo nome) e aguarde ele virar a cabeça até encontrar o que estava procurando e repita o barulho (brinque de “achou”- se esconda com um pano e apareça), espere ele se distrair e faça a mesma coisa do outro lado.
Provavelmente seu bebê está começando ou já senta sem apoios. Nesta fase, segundo a recomendação da sociedade brasileira de pediatria (colocar o link), o bebê já pode realizar a introdução alimentar, isto porque ele está adquirindo maturidade fisiológica, neurológica e motora, para realizar esta tarefa. [Vale lembrar que o aleitamento materno pode e deve ser continuado, se for o desejo da mãe, porque ainda ele é considerado uma fonte extremamente importante de calorias e nutrientes que atendem a necessidade do bebê].
Alguns aspectos motores são importantíssimos para considerarmos a introdução alimentar:
-Sentar sem apoio
– Sustentar cabeça e tronco
-Alcançar e manipular objetos – com as mãos e as vezes leva-los até a boca.
-Diminuição do reflexo de protusão de língua (colocar a língua para fora).
-Ampliação dos movimentos de língua.
Dos 07 aos 9 meses o bebê consegue demonstrar reações de gosta e do que não gosta ao som que ouve, passa a localizar também os sons para baixo indiretamente, ou seja, olha para o lado e depois para baixo.
Entre os 07 e os 11 meses ele começa a emitir alguns sons, repete palavras simples, bate palmas, aponta para o que quer e dá tchau. Muito mágico, não é?!
Por volta dos 9 até aos 12/13 meses, o bebê já localiza os sons para baixo rapidamente, compreende comandos verbais simples, como manda beijo, dá tchau, bate palmas começa a falar as primeiras palavras e imita a ação de outras pessoas. Começa a interagir verbalmente, por balbucio e palavras simples e as vezes em um vocabulário próprio. É importante nesta frase interagir, e manter como se fosse um diálogo, contextualizar o que a criança faz. Desta forma ela apreende que precisa de outra pessoa para conversar, estabelecer turno. Ah, a criança já identifica quando chamada pelo próprio nome.
Vale lembrar que o uso de tablet, smartphones e televisão nesta idade pode interferir negativamente no desenvolvimento principalmente por limitar a variedade de estímulos que outra pessoa pode oferecer.
No próximo post, continuaremos falando sobre desenvolvimento dos 12 aos 24 meses.
Fga. Leylanne De Robertis
CRFa 2/ 16423
