Há duas semanas eu falei nos stories sobre as recomendações que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP – https://www.sbp.com.br/) recomendou sobre o COVID-19. Porém resolvi escrever para quem não viu.
Bom vamos lá, se você ainda não ouviu falar sobre o Corona vírus, ou COVID-19. Vou fazer uma brevíssima explicação: É um vírus com capacidade de contaminação muito rápida e inicialmente silencioso. O primeiro local que identificou esse vírus foi em Wuhan na China. Os sintomas são parecidos com gripe. Porém em casos moderados e graves acomete os pulmões evoluindo com falta de ar, pneumonias e comprometimentos respiratórios. Existem portadores do vírus que não manifestam a doença chamados de vetores. Por isso, é importantíssimo o isolamento social neste momento.
Dito isso, como fica a amamentação?
Em tempos de corona vírus, para as lactantes saudáveis, a melhor opção é a amamentação!
A amamentação fortalece o sistema imunológico do bebê e evita que as famílias precisem se expor em ambiente externo para compra de fórmula.
E para as mamães que tiveram corona vírus?
Tudo é muito novo, os estudos estão sendo realizados e publicados, novas informações surgem a cada dia.
Até o momento, temos um estudo publicado pela Lancet em que foi analisado a presença do vírus: no liquido aminiótico, sangue, cordão umbilical, leite materno, swab da orofaringe do recém-nascido. Para todas as amostras, o teste deu negativo, ou seja, não há (ainda) documentada uma transmissão vertical do vírus e nem no período neonatal da amamentação.
Os cientistas Chineses alertam para o risco da transmissão vertical e contra indicam a amamentação mesmo não havendo registrado uma transmissão de mãe-bebê.
Em contra ponto aos Chineses. Duas revisões: Uma do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) norte-americano. E a outra do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG), de Londres. Concluíram que caso a mãe queira manter o aleitamento materno, ela deverá ser esclarecida e estar de acordo com as medidas preventivas necessárias, que são:
- Lavagem das mãos antes de tocar o bebê na hora da mamada;
- Usar mascará facial durante toda amamentação.
Arthur I. Eidelman, médico e editor chefe da Breastfeeding Medicine, segundo o documento publicado pela SBP, que provavelmente o bebê foi colonizado pelas mães infectadas.
Assim, a amamentação deve ser continuada pois ela tem o potencial de transmitir anticorpos maternos protetores ao bebê através do leite materno.
Caso a mãe não se sinta à vontade para amamentar diretamente a criança, ela poderá extrair o seu leite manualmente ou usar bombas de extração láctea (respeitando todas as normas de higiene) e um cuidador saudável poderá oferecer o leite ao bebê por copinho, xícara ou colher (desde que esse cuidador conheça a técnica correta e segurança para o uso desses utensílios).
Sendo assim, queridos seguidores as principais publicações nesse tema, até o momento, indicam que os benefícios da amamentação superam os riscos de transmissão.
Vale lembrar, que as adversidades da amamentação podem acontecer. É importante conhecimento para que consigam suprir essa fase de isolamento social e manter a lactação.
Caso você precise de ajuda para amamentar não hesite em pedir ajuda de um profissional habilitado. Isso inclusive pode acontecer de forma on-line. Caso queira saber como, só me chamar por mensagem, WhatsApp ou e-mail.
Marque sua amiga que está grávida ou amamentando. Saber é poder!
Referências bibliográficas: