Você sabe a diferença de fala e linguagem?

Você sabe a diferença de fala e linguagem?

É muito comum no consultório a queixa: “Meu filho não fala” ou ainda, “meu filho fala pouco”.   A idade desta queixa, ocorre por volta dos 2 anos e as vezes 3 anos. E por isso, este post é para explicar que nesta fase (e outras fases também) o papel do fonoaudiólogo não é apenas avaliar a fala em si, mas também inclui a linguagem.

Aí vocês vão me perguntar, ok? Mas qual a diferença? Bom vamos lá:

A linguagem é algo amplo que envolve as regras de uma ou mais línguas, a estrutura que temos que seguir dentro da mensagem que queremos passar, envolve o conceito das coisas (objetos, palavras, verbos e etc…). Sendo assim, a linguagem pode ser expressa de diferentes formas: pela fala, por gestos (língua de sinais) ou simplesmente pela postura corporal (não verbal).

É importante dizer que a linguagem não se desenvolve por completo antes da fala, é um processo continuo e principalmente de aprimoramento ao longo da vida. Entretanto, precisamos de um desenvolvimento mínimo da linguagem para que a fala apareça. É preciso que a criança seja exposta a diferentes contextos e estímulos para ir “construindo” seu arsenal de significados e ir diferenciando os nomes, as coisas. Sem dúvida a melhor forma de estimular uma criança e desenvolver a linguagem e a fala é através do brincar (mas isso é assunto do nosso próximo post, clique aqui).

Já a fala é um movimento neuromuscular complexo, ou seja, uma sequência de movimentos (envolve diferentes órgãos) que realizamos, para produzir um determinado som!  No caso das crianças o primórdio da fala, ocorre na fase da lalação (quando o bebê descobre sua voz, e desta forma faz diferentes entonações do mesmo som). Conforme o bebê vai se desenvolvendo (neurologicamente) e ganhando habilidades mais complexas dos órgãos envolvidos na fala ele é capaz de modificar estes órgãos em sequência e produzir a fala. Que neste momento esperamos que seja algo intencional.

Aí então, a fala e a linguagem se entrelaçam: o bebê só vai conseguir produzir palavras com significado se ele já tiver um arsenal (que já descrevi) básico para produzir os sons.

Por isso que quando temos a queixa dos papais e mamães que citei no começo do post, é nosso papel avaliar as habilidades de linguagem que esta criança já possui e investigar o porquê ainda “não fala, ou fala pouco”.

Se você tem dúvidas deixe aqui nos comentários.

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